Barbie, a princesa, a popstar e a magia de ser quem é: Não cometa o mesmo erro de Tori e Keira.
Apesar de já naquela idade entendermos a história, é possível que tenhamos esquecido seu real significado. É possível que estejamos cometendo os mesmos erros.
Os filmes da Barbie fizeram parte da infância de muitas meninas que hoje são mulheres. Mulheres essas que cresceram com exemplos e ensinamentos que vieram desses filmes, mas apesar de já naquela idade entendermos as histórias, é possível que tenhamos esquecido seu real significado. É possível que estejamos cometendo os mesmos erros.
Em “Barbie, a princesa e a popstar” nós conhecemos Tori, princesa de Meribella e Keira, uma pop star no auge de sua carreira. Ambas estão insatisfeitas com a sua própria realidade e acham que a outra tem uma vida melhor do que a sua. A música “Sua vida eu quero ter” nos confirma isso.
[Tori]
“Olha só, é uma pop star, adoro seu visual, ela faz só o que quer. Não existe nada igual, não tem que ser o que não quer ser. Sua vida eu quero ter, ser livre, ser feliz! Sua vida eu quero ter, isso é o que eu sempre quis.
[Kira]
“Olha só, é uma princesa, tudo em seu lugar. De manhã, toma seu chá, mimos tem sempre lá, é onde eu quero estar. Sua vida eu quero ter, ser livre, ser feliz! Sua vida eu quero ter, isso é o que eu sempre quis”
Quando elas trocam de lugar, rapidamente fica claro o porquê não devemos comparar nossa vida a de outra pessoa.
Vivendo o script de outra pessoa
Ao longo do filme, as personagens descobrem que a vida que elas idealizaram na verdade é muito diferente do que elas imaginavam. Tori sofre com a tensão de ser uma popstar, os ensaios, o público, a pressão em fazer novas músicas. Enquanto isso, Keira percebe que ser princesa envolve responsabilidades que ela não imaginava, compromissos reais, regras e protocolos a seguir. Não importa qual papel elas desempenham, princesa ou pop star, sempre há desafios.
Isso também se aplica à vida real, muitas vezes, idealizamos a vida de outras pessoas sem conhecer seus desafios. Imaginamos que a outra tem tudo o que queremos e esquecemos de nos perguntar o quanto ela lutou para conquistar aquilo. No mundo real ou nas redes sociais, vemos carreiras no auge, relacionamentos aparentemente perfeitos e uma rotina que parece livre de preocupações. Mas o que não vemos são os desafios, as inseguranças e as batalhas silenciosas que cada um enfrenta, mas não expõe. Assim como Tori e Keira, se trocássemos de lugar perceberíamos rapidamente que a realidade é bem diferente do que imaginamos.
O homem que é rico hoje, pode ter passado fome na infância. A mulher com o relacionamento perfeito, pode ter sofrido muito em relacionamentos anteriores até conhecer seu par. O homem que viaja muito e conhece diversos países, frequentemente se vê sozinho e longe da família.
Comparar-se com os outros sem conhecer suas dificuldades é uma armadilha, quando passamos tempo demais comparando nossa trajetória com a de outras pessoas, deixamos de enxergar nossas próprias conquistas. Apreciar a própria vida não significa ignorar desafios ou se conformar com aquilo que não nos faz bem, mas sim aprender a considerar o que há de especial em nossa história. Muitas vezes, o que buscamos nos outros já está presente em nós de alguma forma.
A vida de ninguém é perfeita. Cada pessoa enfrenta dificuldades invisíveis aos olhos alheios. Quando trocamos a comparação pela gratidão, começamos a enxergar a riqueza de nossa própria caminhada. Assim como Tori e Keira perceberam que a felicidade não estava em ser outra pessoa ou ter outra vida, nós também podemos aprender a valorizar nossa história, sem precisar desejar viver a vida de outra pessoa.
“(...) Tenho essa sensação, tudo está certo, então. Aqui estou, sendo quem eu sou, dou tudo de mim, sei o que quero. Lá vou eu, com muita emoção. Brilho na escuridão”
Caso se interesse por tópicos como cinema e literatura, te convido a conhecer meu substack. Obrigada por ler!!!